março 09, 2013

The Edge

The edge of your strengh doesn't have to be reached as long as you're untouchable. Once you trepass the edge, comes the fall and with it, the reach for those feelings and emotions which will make you weak again. It's not a matter of being made of stone, it's a matter of self-protection, self-preservation... The edge is there, to remind you that you have a choice, but why reach it when you know it will destroy everything that made you so strong?

setembro 02, 2012

Verão

São apenas momentos; momentos bons e momentos ruins... Mas são momentos que duram para sempre. Meu Deus, como eu odeio o verão! Por que tudo de mágico da minha vida tem que acontecer justamente na mesma época a cada ano que passa? E por que tem que acabar bem assim, num piscar de olhos?
      
Destino, sempre brincando comigo. Será que não tem mais ninguém para atormentar? Eu devo realmente ter feito strip-tease na Santa Ceia porque não é possível! Momentos... Nada além de momentos... Nada além de algumas poucas horas... Alguns poucos dias! Não deveria significar absolutamente nada, então por que significa tanto? Momentos podem ser melhores do que algo duradouro, porém. Os momentos ficam ali marcados, seja como algo muito mágico ou algo completamente magoável. Algo duradouro cansa, cai na rotina e pode acabar estragando tudo, perdendo a magia. Seria melhor ter vários momentos do que algo duradouro? Com tantas incógnitas fica bem claro o porque de eu ter tantos momentos e nada muito duradouro. A instabilidade paira no ar, soltando gargalhadas dos meus infinitos pontos de interrogação. Não é algo que eu me importe. O problema é dela.            

Desde que eu cheguei nesse lugar eu tenho tido aventuras, uma atrás da outra, mas uma paixonite por alguém que eu provavelmente, em 99% de chances, não irei ver novamente é simplesmente demais para mim! Mais um amor impossível para minha coleção. Mas o que eu posso fazer? Eu nem ao menos vou atrás desses amores! Eles simplesmente surgem, assim como quem não quer nada, me seduzindo com a ideia de algo completamente novo e excitante. É um risco que eu não tenho medo de correr e se eu morrer, morrerei feliz porque não tenho nada a perder.           

Sem mais, enxuguei as lágrimas que nunca cheguei de fato a derramar, tapei o enorme buraco do meu coração com alguns litros de cerveja, respirei fundo e fiz o que tinha que fazer: deixei-o para trás e comecei tudo de novo. Eu fiz o que tinha que ser feito. Mais um momento que foi afogado e morto cedo demais. Mais um momento transformado em uma memória eterna. Depois de tanta coisa que passei por amor, nada mais me assusta. Mais um verão chega ao fim.

julho 07, 2012

A Arte da Contradição Relativa


O tempo é relativo. O futuro é relativo. A vida é relativa. Tudo é relativo. E se tudo é relativo, seria eu capaz de recuperar meus sentimentos perdidos no tempo? Seria eu capaz de construir um futuro mesmo que, em este, existam algumas peças que se perderam durante a minha jornada neste mundo? O que fazer com uma vida vazia, sem sonhos, esperanças? Uma vida ou um nada? Algo sem sentido, algo inexplicável, algo que nem mesmo Deus pode mudar, se é que de fato existe um Deus?

Tempo. Futuro. Vida. Tudo. O que é relativo para você pode não ser para mim, mas se tudo é relativo então por que essa afirmação continua a ser verdadeira? O significado de um contexto em branco torna-se realidade. Como fui chegar aqui?

Planos. O que são planos? Planos são relativos também. O que é relativo pode não existir, mas se eu estiver certa então tudo pode não existir, porque tudo é relativo. Confusão. Mix. Tensão. Lágrimas, loucuras, ligações. Pare tudo! Pare de falar, de ouvir, pare de sentir! Desista! Corra e se jogue num mar de mentiras e máscaras. Quem é você?

Isso é arte! A arte é relativa. A arte é eterna. A arte de se contradizer se concretiza, se modifica, se espalha. A arte junta o imaginário com a realidade e não te deixa desistir nunca. A arte tranforma homens e mulheres em artistas e os faz imortal. A arte a levará a insanidade.


and in the end they’ll say: Look around! Look all of this! Does it make any sense?

Vida

Tanta coisa acontece.
Tanta coisa a gente esquece.
E apenas tanta pouca coisa permanece.

As vezes é melhor esquecer a dor
do que lembrar o mal que faz.
Ressentimentos simplesmente não deveriam fazer parte do todo.
As vezes o melhor a se fazer é simplesmente deixar pra lá.

março 10, 2012

O Estado

Dentre as muitas funções do Estado, como instituição, a principal delas é “assegurar e conservar a dominação e a exploração de classe”. Uma função que, apesar dos últimos acontecimentos, como no próprio governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em que a população com menor renda passou a comprar mais, a ter maior poder aquisitivo e, juntamente com isso, subir na escala de classes, é válida atualmente, depois de aproximadamente dois séculos, quando Karl Marx a redigiu.
Em o Manifesto Comunista, Marx e Engels, afirmam que o Estado deve ter um líder, um poder executivo, que exerça a função da execução, do comando. Os autores acreditam que o tal executivo é “um comitê para a administração dos assuntos comuns de toda a burguesia”, deixando bem claro, que o Estado é um modo pelo o qual a burguesia se mantém no topo da pirâmide, conservando assim, a luta de classes. Embora sua teoria tenha sido escrita por volta de 1880, foi apenas em 1960 que o Estado tornou-se de suma importância para a pesquisa e entendimento dentro do pensamento marxista.
Entre grandes autores que também se interessaram pelo Estado, podemos citar Hegel, que diferentemente de Marx, “buscou apresentar o Estado como a materialização do interesse geral da sociedade”. Marx gerou uma assídua crítica a seu colega, alegando que, na verdade, não se tratava do “interesse geral da sociedade”, mas sim da defesa dos interesses da propriedade e que o Estado seria incapaz de defender o interesse geral. Com a questão da luta de classes, de fato, seria mesmo impossível que tal defesa ocorresse, afinal, os interesses são diferentes e, apenas com o fim da propriedade privada, talvez esse interesse pudesse ser alcançado, porque então, a sociedade teria uma maior proximidade de seus interesses, as classes sendo abolidas, teriam um interesse geral, um interesse comum.
Entretanto, o Estado também é visto, de acordo com Marx, como uma classe social, sendo ainda mais especifico, o Estado é a classe dominante, a mais poderosa, visto que é ele quem controla as demais classes e assim o é atualmente. Logo, apenas com a extinção do Estado, como Marx afirma, é que os interesses seriam considerados gerais, já que a propriedade privada também extinguiu-se e um estado de comunismo fora alcançado.
Vale a pena ressaltar que o Estado, apesar de ser a maior força política afastasse bastante quando o assunto é economia. Apesar de o Estado dominar a política, as forças econômicas são feitas através das classes economicamente dominantes. Existem, inclusive duas abordagens interessantes, que provam existir uma força externa a qual coloca pressão e limites ao Estado, são elas o “Estado dos capitalistas” onde há vários “fatores ideológicos e políticos” e o “Estado do capital”, que ao contrário da primeira, ressalta as chamadas “coerções estruturais”. Isso tudo leva a uma quebra da teoria de Marx e Engels, porque estes autores davam ao Estado uma enorme autonomia, e nesse caso, essa autonomia é limitada, relativa.
Nada disso, porém, põe abaixo que o Estado age sim de acordo com seus próprios interesses, ou seja, de acordo com os interesses da(s) classe(s) dominantes e como Marx afirma, “o Estado pode agir com considerável independência para manter e defender a ordem social”. Tomando como base a sociedade atual, todos sabemos que o Estado age de acordo com seus interesses, de acordo com os interesses da classe dominante, apenas mascarando as classes mais baixas, dando a elas a impressão de que ele defende seus interesses, mas na verdade, isso é uma artimanha para não utilizar da força, porque se caso alguma desordem aconteça, ele utiliza-se sim da força, como visto em rebeliões ou mesmo protestos. É seu dever regular a luta de classes e a estabilidade da ordem social, em, na verdade, a defesa dos interesses das classes dominantes que fazem com que o Estado tenha a sua independência. De certa forma, o executivo também faz parte dessa classe ou acaba se tornando parte dela.
Lenin faz um trabalho maravilhoso em relação ao Estado. Tendo Marx como sua inspiração, o autor tinha como objetivo “combater a noção ‘revisionista’ de que o Estado burguês poderia ser reformado”. Assim como Marx, Lenin acreditava que o Estado deveria deixar de existir, que o Estado deveria ser substituído pela “Ditadura do Proletariado”, onde a maioria preenchesse as funções do Estado, assim, essas funções do poder seriam desempenhadas pelo povo como um todo e a necessidade de um “Estado” não existiria mais. Esta, porém, é uma utopia que dificilmente se tornará realidade. A ganancia humana, sua própria natureza não deixaria que isso acontecesse. Os próprios Lenin e Marx acreditam, “O Estado é essencialmente a instituição pela qual uma classe dominante e exploradora impõe e defende seu poder e seus privilégios contra a classe ou classes que domina e explora”. Em minha opinião, aqueles que foram uma vez explorados, estando no poder, irão com certeza querer explorar outros, justamente pela ganancia e natureza humana citada anteriormente.
Outro autor que também fala sobre Estado é Gramsci. Esse autor acreditava que o Estado tinha “um papel importante nos campos cultural e ideológico, bem como na organização do consentimento”. Isso gerou um debate entre os teóricos atuais por não se saber se o Estado é capaz da obtenção do consentimento quando se trata de épocas de crise e recessão, em regimes capitalistas, porque além de conseguir esse consentimento o Estado também deve atender aos interesses e exigências do capital.
Stalin também dissertou sobre o Estado. Ele acreditava que deveria haver um chamado “Estado de novo tipo”, o qual representaria os interesses tanto de camponeses como de intelectuais e trabalhadores. Em outras palavras, este seria um “Estado de todo o povo”. Críticos, porém, afirmam que na verdade este seria o surgimento de uma nova classe.
Embora diversos problemas tenham sido enfrentados por marxistas, preocupados com o Estado nas sociedades, trabalhos recentes tem se preocupado basicamente com uma “autonomia relativa” do Estado, em explicar tal autonomia. Como dito anteriormente, o Estado, na sociedade atual não pode ser considerado independente. Existe, antes de tudo, a sociedade econômica e a população. Além disso, como dizem teorias das Relações Internacionais, apesar de o Estado ainda ser o ator mais importante, novos atores tem se destacado no cenário internacional, por isso, o Estado, além de se preocupar com sua autonomia dentro do país, ainda tem que se preocupar com os outros Estados e ainda com outros atores, não podemos, porém, deixar de lado, é claro, que o conceito de soberania ainda existe e é aplicável. A autonomia e a soberania são, entretanto, conceitos diferentes e vale ainda lembrar que o mundo vive em constante mudança.




Fonte Bibliográfica:
BOTTOMORE, Tom (ed). Verbete – Sociedade Feudal in: Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro; Zaar, 1998

fevereiro 01, 2012

Escolhas

Tudo na vida é decidido através de escolhas. Se as escolhas são boas, logo terá bons resultados, mas se as escolhas são ruins, os resultados serão horríveis, certo? Errado. Muitas vezes escolhemos algumas decisões não muito boas e o resultado acaba sendo o melhor possível. Isso acontece porque a atitude que tivemos após tomar aquela escolha, que a princípio parecia péssima, foi uma atitude madura e fez com que as coisas se transformassem. Mas nem sempre é assim. Errar é humano (Por mais clichê que soe é verdade!!!), e, porque erramos, vivemos, temos experiências e nos surpreendemos e então acertamos. É claro que muitas vezes o "Sem querer" torna-se "Querer" e o "Querer" torna-se "Não quero mais!", mas a verdade é que quando agimos bem, quando aceitamos o desafio, mesmo não querendo, somos recompensados, nem sempre com o sucesso, mas pode acreditar, somos recompensados sempre com o chamado aprendizado e, é através dele o caminho mais curto para se alcançar o anterior."

Sistema de Cotas

         No Brasil, desde os últimos anos do governo FHC temos um sistema chamado Sistema de Cotas. A criação desse sistema foi uma forma de amenizar ou mesmo aniquilar a desigualdade social no Brasil. Nos dias atuais temos como principais cotas as Cotas Raciais, justificadas como necessárias “para corrigir erros históricos como a escravidão dos negros”; as Cotas de Gênero, justificadas como uma forma de igualar a mulher ao homem na questão de cargos sejam esses políticos, trabalhistas, escolares, etc; e por fim as Cotas Socioeconômicas que são destinadas às pessoas de baixa renda e procuram isentar pagamentos de impostos, de inscrições para concursos, vestibulares, entre outros.
          Apesar da ideia dessa política ser boa e mostrar resultados, muitos indivíduos, entre eles estudiosos e políticos, criticam e são contrários à sua implantação, alegando que “a implantação de cotas fere o direito constitucional da igualdade”. De acordo com esse direito, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
          O assunto, polêmico, tem gerado várias discussões. Muitos acreditam que embora o Sistema de Cotas tenha sido criado a fim de diminuir ou mesmo aniquilar a desigualdade social, ele, na verdade, a aumenta ainda mais, desigualando as raças, desigualando os gêneros e criando uma ponte ainda maior entre aqueles de baixa renda e os demais (classes média, média-alta e alta).
          Na minha opinião, as cotas desigualam os negros, os pardos, os quilombos, os índios, os brancos, os homens, as mulheres, etc., já que alguns desses grupos possuem mais vantagens que outros. E que diferença fará a cor da pele, a raça de um individuo, quando ele for procurar um emprego, quando ele for prestar concursos, vestibulares, etc.? Que diferença fará seu gênero? Mesmo que alguns cargos sejam mais apropriados para homens (devido a força) ou mulheres (devido a delicadeza), a diferença, e isso vale também para a questão racial, está na capacidade, na competência de cada individuo e não em seu gênero ou na sua raça. Entendo que talvez muitos não consigam emprego caso essa cota deixe de existir devido à discriminação racial e de gênero, mas conseguir entrar em uma universidade ou conseguir um emprego pelo sistema de Cotas Racial ou pelo sistema de Cotas de Gênero só mostra que o próprio individuo está se caracterizando por sua raça ou pelo seu gênero, em outras palavras, este individuo está discriminando a si mesmo.
   Acredito, que quando se trata das Cotas Socioeconômicas, elas são válidas e ajudam, inclusive, à inclusão marginal, mesmo achando que são apenas uma maquiagem, uma máscara para fazer com que aqueles que possuem pobreza política pensem que o governo está resolvendo o problema da desigualdade social, quando na verdade deveriam melhorar as bases. As cotas Socioeconômicas existem porque grande parte da população é pobre e não possui condições de pagar um ensino de boa qualidade ou mesmo pagar impostos, taxas, do mesmo valor dos ricos, por exemplo, afinal não ganham o suficiente para se darem luxos que na verdade era o governo quem deveria garantir (embora paguem impostos mais baratos ainda sim pagam impostos e deveria ter educação, saúde, etc. de boa qualidade). Logo, se fossem melhoradas as bases, essas cotas não existiram e, logicamente, a desigualdade social seria um bocado menor. Entretanto, enquanto essas melhorias não acontecem, ter esse tipo de cotas e também os programas de bolsa família é importante para que os pais possam dar uma condição melhor para os filhos e que esses filhos possam conseguir entrar em uma universidade boa, tornando-se assim um profissional qualificado e capaz de melhorar suas condições e quem sabe até se tornar um político e mudar as condições de todos os demais brasileiros.
          Embora nem sempre o que falei é a realidade de vários brasileiros, muitos vivem desta maneira. Quanto ao que se tange em relação à desigualdade social e a discriminação, “é uma verdade inconveniente que só será aceita quando for removida a maquiagem criada por políticas sociais e publicidades. O primeiro passo para resolver um problema é aceitá-lo. (...) O Brasil não precisa de cotas e sim de melhores condições de vida”, “a justiça distributiva consiste em dar a cada um o que é devido e sua função é dar desigualmente aos desiguais para torná-los iguais”. Infelizmente, a “má distribuição de renda e o preconceito constituem juntos a verdadeira face do país”.


DADOS BIBLIOGRÁFICOS
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/03/12/as-cotas-a-verdadeira-face-do-brasil-916048790.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_de_cotas_no_Brasil
http://aprender.unb.br/mod/resource/view.php?id=21504
http://aprender.unb.br/mod/book/view.php?id=21256
http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/inclmarginal.html